terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Barack Obama, o 44° presidente americano



Um dia após os EUA celebrarem o Dia de Martin Luther King, Barack Hussein Obama toma posse como 44° presidente americano. É com um sentimento de alívio que a gente vê chegar ao fim a era Bush, uma época de intolerância, arrogância e incontáveis erros, entre eles duas guerras que já mataram milhares de pessoas no Iraque e no Afeganistão.

Além das guerras, Obama herda também a maior crise econômica desde o Crash de 1929 e um país que é assombrado pelo fantasma do desemprego - que, em novembro último, atingiu o maior nível em 34 anos, quando 500 mil postos sumiram do mapa.

Quando Bush assumiu a presidência, em janeiro de 2001, o desemprego atingia 4,2% da população. Hoje, chega a 7,2%. Bill Clinton entregou a ele uma economia superavitária em US$ 237 bilhões. Hoje, o país tem um déficit orçamentário de US$ 1,2 trilhões. O índice de confiança do consumidor era de 116 em janeiro de 2001, mas despencou para 38 neste mês.

Como disse Obama em seu primeiro discurso como presidente, "a partir de agora, devemos nos levantar, sacodir a poeira e começar de novo o trabalho de reconstruir a América". Bonito no papel, mas não vai ser mole não.


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Um dia como hoje é bacana não só pelo sentimento de esperança renovada e pela promessa de dias melhores, mas principalmente pelo que significa à luz de um passado não tão distante, em que negros tinham que sentar-se nos últimos assentos dos ônibus e tinham banheiros e bebedouros separados dos dos brancos em lugares públicos. Há 40 anos, todas as formas de segregação foram consideradas inconstitucionais pela Suprema Corte americana, mas no dia-a-dia, a gente bem sabe, o buraco é bem mais embaixo. Nomes como Rosa Parks e Martin Luther King Jr. não nos deixam esquecer disso.

Que os próximos quatro anos sejam de um governo mais equilibrado e mais equânime, que consiga corrigir parte do estrago feito nos últimos oito anos. E que a chegada de Obama à presidência dos EUA signifique um largo passo rumo à igualdade e à inclusão das minorias.

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