segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Obama: EUA não podem esperar mais e só o governo pode salvar o país


Hoje à noite, em sua primeira entrevista coletiva desde que tomou posse, o presidente Barack Obama foi incisivo. Ele disse que não se pode esperar mais uma solução para a crise: é preciso agir e aprovar logo o novo pacote financeiro de US$ 827 bilhões. Também afirmou que agora só o governo pode salvar o país, num discurso que tinha destino certo: o Congresso.

"Com o setor privado tão enfraquecido pela recessão, o governo federal é hoje o único órgão com os recursos necessários para trazer a economia de volta à vida. É só o governo que pode quebrar esse ciclo vicioso em que a perda de postos de trabalho leva as pessoas a gastarem menos dinheiro, o que por sua vez leva a ainda mais demissões. E quebrar esse ciclo é exatamente o que o plano que tramita no Congresso pretende fazer. (...) Deixar de agir agora apenas aprofundará a crise, bem como a dor sentida por milhões de americanos", afirmou Obama.

A intenção é salvar ou criar 4 milhões de postos de trabalho - segundo ele, 90% destes no setor privado. Vale lembrar que, no mês passado, 598.000 vagas sumiram do mapa nos EUA - a maior perda mensal dos últimos 34 anos.

Pouco antes de encerrar seu discurso de oito minutos, o presidente fez um apelo final.

"Quer pedir encarecidamente a todos os membros do Congresso que ajam sem demora durante a semana para resolver suas diferenças e então aprovar o novo plano de ajuda financeira", completou Obama.

Bem, mais fácil dizer que colocar em prática. Ainda sim, espera-se que o pacote seja aprovado nesta terça-feira, já que o Senado encerrou hoje o debate sobre o plano de ajuda econômica. A conferir.

Aqui, a íntegra da coletiva de Obama.

Alguns momentos da coletiva estão no vídeo abaixo:



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Enquanto isso, na França...

O presidente Nicolas Sarkozy anunciou hoje um pacote de ajuda às montadoras PSA Peugeot-Citroën, Renault e Renault Trucks. O montante é bem mais modesto que o pacote proposto pelo governo Obama: 6,5 bilhões de euros (US$ 8,5 bilhões). Foi um toma-lá-dá-cá: o governo abriu o caixa, mas as empresas tiveram que se comprometer a não demitir funcionários ou fechar fábricas na França.

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